Agricultura familiar na zona sul

Ainda que a cidade de São Paulo se configure como a expressão máxima do urbano, cerca de um terço de seu território apresenta características rurais. É óbvio, no entanto, que o rural paulistano, bem como o existente em outras grandes metrópoles brasileiras, não se enquadra nas definições mais tradicionais propostas para o rural no Brasil.

Resultante de intensos processos econômicos e sociais que atuam na metrópole há décadas, é um espaço territorial complexo, descontínuo, pontuado por núcleos urbanos esparsos e constituído por um mosaico de unidades de conservação, chácaras, áreas de cultivo de hortaliças, frutas e plantas ornamentais em pequena escala. Ainda hoje encontra-se fortemente pressionado pelo avanço da urbanização e sob o impacto de grandes intervenções, entre as quais o Rodoanel. A partir de 2014, o retorno do conceito de zona rural no Plano Diretor Estratégico – PDE se fundamenta na constatação de que a gestão urbana deve ser tratada de forma sistêmica, considerando a estreita interação entre a qualidade de vida urbana e a zona rural. Nas áreas demarcadas como territórios rurais, o PDE propõe incentivar usos e atividades econômicas que sejam capazes de conciliar a proteção ambiental com a geração de emprego e renda, bem como a melhoria da qualidade de vida dos seus moradores através da redução dos índices de vulnerabilidade e da exclusão socioambiental. Também reconhece que não devem ser desconsideradas as inúmeras iniciativas de agricultura urbana e periurbana já existentes na cidade e sua relação com o consumo sustentável e a inclusão social.


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